Inside - prefácio

    Ele agarrou-me e eu não sabia o que dizer, talvez fosse do seus cabelos grisalhos ou da força que ele exercia sobre o meu corpo forçando-me a fazer algo que eu não queria. O medo paralisou-me e congelou.me a voz. Ele meteu a mão sob a minha camisola e desapertou-me o sutiã, ao mesmo tempo que tentava levantar-me a saia e obrigar-me a tirar tudo o que pudesse interferir naquilo que ele estava a tentar fazer. Pressionou a sua boca contra a minha e obrigou-me a aceitá-la. O seu hálito tinha um travo amargo, talvez a tabaco misturado com um pouco de álcool  E desejo, a sede incontrolável que ele sentia pelo meu corpo desde a primeira vez que me vira, à um mês atrás.

      Tentei fugir dele mas não consegui, ele tinha-me agarrado com demasiada força. talvez com esse mesmo propósito  Gritar ou fazer qualquer som que o denunciasse também era impossível, ele não mo permitia. Ia ter aquilo que queria, era demasiado tarde e estávamos numa zona pouco iluminada da cidade. Tirou-me a camisola e encostou-me à parede dizendo o quanto tinha esperado por aquele momento. 

     Tentei falar, dizer-lhe que parasse  mas não conseguia, ele tinha colocado algo dentro da minha boca, algo que me prendia ao mesmo tempo que me impedia de reagir. 

      A sua boca percorreu todo o meu corpo depois forçou a entrada de parte dele em mim. Ele queria que eu o desejasse tanto quanto ele me desejava, no entanto eu sentia-me suja e nojenta  a dor que o meu coração me fez sentir era demasiado forte. As lágrimas escorriam-me pelo rosto quando ele me abandonou, levando consigo toda a minha dignidade. Levou tudo aquilo que me pertencia deixando-me apenas a roupa e algum dinheiro. Dinheiro suficiente para voltar para casa.